quinta-feira, março 02, 2006

Relato - Um Carnaval Diferente

Como referi num post anterior na segunda-feira, noite de Carnaval, não fui a nenhuma festa. Nem sequer era para ir a lado nenhum, estava em casa pasmado em frente ao computador quando recebo uma mensagem de um amigo meu a perguntar aonde é que eu andava, percebi logo que era um convite! Ele estava manco e não podia estar muito tempo de pé por isso não ia a nenhuma festa e então desafiou-me para irmos tomar café.

Passou a buscar-me à 1h da manhã e fomos para Matosinhos para um bar/café chamado Social. Uma amiga minha que estava num jantar, em casa de uns amigos, tinha-me dito que ia lá e foi essa uma das razões que nos levou lá. Quando lá chegamos ela não se encontrava e já parecia que ia ser uma triste noite de dois "perdidos", mas pouco depois ela lá chegou!

Ficamos um bocado de tempo por lá na conversa e quando o estabelecimento estava para fechar tivemos que sair, como a minha amiga mora para os meus lados acabou por ir connosco de carro. Sabíamos que não íamos a nenhuma festa mas também não nos apetecia ir logo para casa e então eu achei que era bom irmos ver como estavam algumas festas.

Fomos de Matosinhos até à ribeira de Gaia para espreitar a festa do Sport Clube do Porto (Secção de Remo), depois passamos pelo Teatro Sá da Bandeira para ver como estava a festa que uns colegas da FEUP estavam a organizar depois fomos andando em direcção à VCI e a certa altura surgiu a ideia de irmos a Braga e então eu decidi meter-me mesmo na A3, só que depois o meu amigo achou que se era para ir para Braga o melhor era irmos no carro dele, mesmo ele estando manco...

Tive que sair da A3 e ir dar a volta a Valongo, já que a saída para a Areosa, que eu pensava que existia, não existia, ou seja para dar a volta tive que entrar na A4.

Depois da volta dada achei que tinha que ir meter gasolina e então fui a São Mamede, que ficava a caminho de minha casa, aonde estava o carro do meu amigo. Ainda andei às voltas por S. Mamede porque a primeira bomba aonde eu fui estava fechada...

Quando, finalmente, chegamos à porta de minha casa fomos para o carro dele e ficamos na conversa, decidimos que não íamos a Braga porque já era muito tarde...eram 4h da manhã.

Um pouco mais tarde, depois de ter sido rejeitada a hipótese de vermos um filme em minha casa, acabamos por sair dali e quase deixar a minha amiga a casa. Mas eis se não quando ela estava a trocar mensagens com uma amiga que se estava a sentir deprimida, então nada melhor do que ir a Campanhã buscar a amiga, ainda só eram 5h da manhã...

Depois de Campanhã e de uns passeios por uns “quelhos” acabamos por desaguar no Mostarda (um restaurante que fica aberto 24horas por dia, na zona Industrial do Porto) porque a fome já apertava! Chegamos lá e a empregada de mesa disse-nos que qualquer coisa que pedíssemos, excepto bebidas, demorava uma hora ou mais, porque aquilo estava cheio de gente... Então eu olhei para aquelas vitrinas aonde costumam estar os bolos expostos e vi lá uns queques e uns bolos de arroz e pedi um de cada, convicto que assim não teria de esperar nada! Pois enganei-me redondamente, a senhora disse-me que os pedidos eram atendidos por ordem de chegada por isso, provavelmente, também teria que esperar muito tempo!

Confesso que me parti a rir na cara dela, achei aquilo completamente ridículo! Eu pedi um queque e um bolo de arroz, que já estavam prontos (há pelo menos uma semana!!)... mas ela lá conseguiu trazer o meu pedido em pouco tempo, disse-nos que teve que falar com um colega para ir lá buscar... até para se pedir um bolo de arroz é preciso cunha...

Depois a minha amiga e a amiga da minha amiga acabaram por pedir duas sandes de atum, resignamo-nos a esperar as mil horas que fossem preciso... entretanto íamos criticando e gozando com as pessoas que saiam do Act (uma discoteca mesmo ao lado do Mostarda) e assustando-nos quando víamos miúdos de 12 ou 13 anos a saírem às 5h30/6h de uma discoteca, quem serão os pais deles?!

Felizmente as sandes acabaram por ser mais rápidas do que a senhora previra e depois de comidas decidimos ir embora, porque já passava um pouco das 6h e o sono já comandava as tropas...

O meu amigo deixou-nos a todos em casa e lá foi à vida dele!

Posso dizer que houve alturas naquela noite em que fiquei com vontade de ter ido a algumas daquelas festas, mas de qualquer maneira foi um Carnaval diferente e bastante hilariante, para além de ter sido o Carnaval em que fiz mais quilómetros de carro (sem ter ido a nenhuma festa fora do Porto, nem sequer dentro do Porto), andei às voltas pelo Porto! Se bem que este post talvez não o documente da melhor forma, mas estou com um bocado de sono!

Quem leu isto até aqui, passando por todas as outras palavras, merece os meus sinceros parabéns, acho que nem eu o vou reler! Não acho que tenha o dom de contar grandes histórias, enrolo em demasia, triste sina a minha!;)

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