Quem não se lembra dos bons velhos "furos" (também conhecidos, nalguns sítios, como "feriados", denominação que acho completamente errada...para mim os "feriados" vêm sempre marcados nos calendários!=p), aquelas aulas que não tínhamos porque os profs faltavam! Quem não se lembra de sair a correr para a rua a gritar e a saltar graças aquela pausa inesperada? Era a Loucura!
Pois bem essas alegrias vão desaparecer! Já quando eu andava no segundo e terceiro ciclo do ensino básico tinha o "azar" de andar numa “escola-piloto”, daquelas que testam as mudanças do sistema de ensino, e já nessa altura tentaram experimentar as aulas de substituição, para quando algum professor faltava. Felizmente na altura não estava muito bem definido o funcionamento dessas aulas portanto nunca resultaram muito bem. Quando havia aulas de substituição, eram uma treta porque vinha um professor de outra disciplina que, normalmente, nunca tinha nada a ver com a disciplina do "furo", então era pura perda de tempo. Mas agora esta ideia das aulas de substituição generalizou-se e vão passar a ser obrigatórias no ensino secundário (já era assim no 2º e 3º ciclo desde 2005) a partir de Setembro (notícia aqui).
Eu acho que ao invés de aulas de substituição deveria haver actividades desportivas ou lúdicas (jogos de tabuleiro ou ver um filme, por exemplo) para ocupar esse tempo, assim apesar de tudo continuava a ter alguma piada o facto do professor faltar. Mas se for para ter a mesma aula com outro professor ou outra aula qualquer só me resta dizer... coitados dos alunos!
1 comentário:
Como professora que sou sinto-me obrigada a comentar este post... não é que tenhas dito algo de mais, muito pelo contrário!!!
A verdade é que as aulas de substituição são dadas por professores de outras disciplinas, que não têm nada a ver com a disciplina do "furo", como disseste e bem... mas pior do que isso! A generalidade dos professores que dão essas aulas de substituição não são professores da turma. Resultado: os alunos ficam eufóricos e contentes com a ideia de não terem uma aula, mas ficam super chateados quando os mandam de novo para a sala para terem uma aula de substituição. Eles não querem essas aulas (mas também... quando é que os alunos querem aulas?), por isso vão para lá contrariados. Além disso, como sabem que o professor que vai substituir o que faltou não percebe muito da disciplina em questão e não os conhece... aumenta a indisciplina...
De facto, esta não me parece uma boa solução. Compreendo que o Ministério queira manter os alunos ocupados e na escola, para que estes não criem problemas, mas... é preferível ocupá-los com coisas que lhes despertem o interesse e que, como dizes e bem, não pareça que estão em aula...
Por experiência própria posso dizer que basta um pouco de imaginação para que os alunos aceitem uma aula diferente: um jogo. À partida parece que não é muito boa ideia, pois os ânimos podem exaltar-se e levar a problemas disciplinares... mas nestes casos não podemos penalizar os alunos (a não ser que exagerem). Um jogo implica competição e disputa... daí que seja normal um pouco de conversa... mas acreditem que os alunos adoram esse tipo de iniciativas! Estou a falar, como devem calcular, de jogos relacionados com a matéria escolar... uma espécie de Trivial adaptado às várias disciplinas dos alunos! Aparentemente parece uma ideia estúpida e que vai ser, de imediato, rejeitada pelos alunos, mas não. Já o experimentei várias vezes e fui sempre bem sucedida. Ao início os alunos não acharam grande piada (sobretudo quando se aperceberam que o jogo não acabava), mas hojesão eles que me pedem para jogar, pois têm consciência (e eu também) que aprenderam imenso... mas de uma forma diferente e divertida.
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