Beijo na boca

Fui anteontem assistir, no Coliseu do Porto, ao musical Beijo na Boca, que tem como principal atractivo o facto de fazerem parte do elenco actores que participa/participaram na novela brasileira New Wave, que é exibida pela SIC.

Cada vez mais os nossos palcos têm sido 'invadidos' por peças brasileiras, nalguns casos isso é bom pois são peças de qualidade, mas no que eu assisti não foi nada bom.

As minhas expectativas não eram muito altas, eram francamente baixas, e mesmo assim foram completamente arrasadas, para pior.

A história deste musical é muito semelhante a um, qualquer, episódio da novela New Wave, mas dos piores episódios. O elenco interpreta bem a história, também não era difícil, o texto era bem simples! A música é relativamente aceitável, mas de musical aquilo tem pouco. Fora a música que abre, e fecha, o espectáculo as únicas músicas que são cantadas são por actores que interpretam membros de uma banda de música, o resto é tudo falado. Tem algumas cenas com piada mas não vale, de certeza absoluta, os 15€uros que eu paguei!

Para piorar ainda mais, o público era constituído, quase exclusivamente, por gente que devia sofrer de inflamação pulmonar, tal era a gritaria. O histerismo era constante, mas notava-se mais quando algum dos actores principais, principalmente o que faz de Gustavo na New Wave, entrava em palco. E fiquei com a sensação que ele podia ter passado o espectáculo a arrotar que as meninas não parariam de aplaudir e gritar. O que mais me assustou é que algumas das meninas tinham idade para já não ser meninas...deprimente, depois dizem que os homens é que são tarados, mas nem em bares de strip eles desatam assim aos berros...tristeza...

Um último reparo, em tom jocoso: Paguei 15€uros para ver uma peça, que era suposto ser um musical, com actores brasileiros... mas metade do elenco era português.

Simão, sentiu-se burlado...

PS: Assisti também uma coisa que já não via desde o meu 11º, ou 9º, ano... qualquer pequena piada ou momento de humor as meninas do publico riam-se como se não houvesse amanhã, que infantilidade...acho eu.